Depois de
você eu aprendi o que é amor, pois não era o que tínhamos. Aprendi que devemos
se doar de coração, mesmo que ele não estanque tão cedo depois de abri-lo por
completo. Aprendi que podemos ver a verdadeira beleza sem precisar olhar para a
pessoa.
Eu, provavelmente, faria tudo da mesma forma. Sabe por que? Porque você foi a ponte mais importante que tive. Foram nas brigas que aprendi a controlar meus ânimos e nos beijos, o meu tesão.
Passamos ótimas histórias e feias discussões. Você me fez acreditar em algo que parecia impossível, mas a consequência disso, foi que muitos pedaços meus ficaram pela estrada. Notoriamente, esses pedaços precisavam ir embora. É bom quando vem uma ventania, ela leva aquilo que está podre dentro de nós, nos chacoalha sem pedir permissão.
Levo nossas lembranças comigo, afinal, não tenho Alzheimer.
Cada lágrima do passado se transformou em um tijolo no futuro e ao invés de querer dar com ele na sua cabeça, eu coloquei-os no chão e fiz o meu caminho.
Você foi a minha principal ponte.
Hoje, atravessei você, mas sempre terá minha eterna gratidão. Nunca estive tão ciente das minhas limitações e das minhas qualidades. Conhecer-se, certamente, é uma das melhores coisas da vida e devo um pedaço disso a você.
Não sei ao certo onde estou, mas sei que agora, estou mais perto. Sofrer é preciso, mas se manter triste é opção. Nada melhor que um banho de água fria, para aprendermos a valorizar cada gota de carinho.
Confesso que foi uma ponte difícil de ser construída e mais difícil ainda de ser superada, mas, finalmente, estou de novo em terra firme. Procurando meu alto mar mais uma vez, com esperança de que seja a última. Dessa vez eu tenho uma ponte concreta na pele, tatuada na minha alma e, com certeza, ela fará a diferença no meu futuro relacionamento.
Gabriel Zorgetz Capeletti
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