E o amor estancia dentro de mim feito
uma viela, antigo, popular, fazendo ouvir na maior parte da melodia, um baixo
contínuo. Ora causando uma perturbante desordem, ora cevando minha alma. E todo
anteparo é pouco (ou infrutuoso) ao incumbir o amor à cadência, o compasso dos
dias, entregar toda a harmonia, pois nunca sabemos quando esbarrará no pause,
ou ainda quando desligará.
E lamentavelmente, isso poderá ser fatal. Mas apesar
da matemática nada dedutiva e do penedo aleivoso prefiro morrer de amores a
viver sem eles. Enlaço e perfilho o amor, aquele que eu me rendo à entrega
desmedida todo anoitecer. Aquele que tu falas que entraste de cabeça, mas
verdade, te jogaste de corpo e alma. Opto por consumir minha alma rendendo,
dedicando inteiramente a ela do que as batidas de um coração oco, frívolo que
portava antes de sua expressão.
( Natália Gross )
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