Era sábado a noite, resolvi sair já bastava! Ficar dentro do quarto trancada, uma hora olhando para o celular e outra para as paredes mortas frias e sem cor.
Precisava ver gente ou era isso que achava...
Precisava ver gente ou era isso que achava...
Foi depois de meia dúzia de passos que me arrependeria de ter saído do famoso "lugar comum", fingi que não mas o peito apertava a cada passo que eu dava indo enfrente a algo que nem eu mesma sabia onde ou porque. Dobrei naquela rua de costume e la estavam as paredes coloridas, me impressionei mais uma vez e pensei que queria transmitir a alegria que ali se mostrava, mas não. O espelho no poste me fez ver que o cinza se alojou de uma forma que ta difícil de sair, as vezes uma maquiagem cairia bem , mas não.
Foi quando cheguei mais perto de todos aqueles lugares que antes caminhávamos e percebi que definitivamente foi um erro ter saído de casa, quanta gente! e pior, quanta gente junta.
Não aguentei dei meia volta e fui embora.
No caminho de volta eu senti aquele nó na garganta chato, e uma lágrima escorreu daqui.
Respirei fundo mais uma vez tentando não me entregar a isso, mas foi impossível depois de tanto tempo tudo saiu, todas as lagrimas guardadas a meses se foram.
Já era quase noite quando sentei na calçada e era como se um filme passasse aqui e eu senti falta de tudo que vi.
Talvez com o tempo eu me acostume com tudo isso de ser só, de estar só ou sei lá.
Talvez eu mude.
(Débora Raquel Almeida )
(Débora Raquel Almeida )
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