Hoje resolvi pegar a estrada. Percorri milhares de km com o
coração. Na linha de partida, tirei o cinto de segurança. Nesta estrada não é
imprudência andar sem cinto, mas volta e meia me perco em algumas curvas e me
machuco. Paro. Logo, volto.
Aqui não há controles de limite de velocidade. O
coração é o velocímetro. Às vezes, sei que ultrapasso e com as duras parcelas,
pago a multa. Mesmo assim, sempre embarco novamente. Embora desconheça o
percurso, vou sem medo e aprecio cada paisagem. Não tiro tempo para ler as
placas, quero me aventurar sem prever perigos. O amor é o meu combustível e
enquanto o tanque for abastecido, continuarei nessa viagem.
Natália Gross
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