Às vezes nos magoamos,
não pela pessoa que nos magoou, mas sim por confiarmos demais, por
deixarmos momentos esporádicos nos abater. Talvez nessas situações,
seja melhor seguir em frente, deixar essa bagagem negativa para trás,
pois somente assim, seremos capazes de perceber momentos novos e
pessoas diferentes.
Penso que, algumas
escolhas sejam necessárias.
Existem relações que
não valem a pena, pelo simples fato de serem fracas e instáveis.
Não conheço nada mais desmotivador que, não saber o que o outro
pensa ou sente. É muito complicado embarcar em um sentimento
sozinho, perdemos um pouco de nós e não recebemos um pouco do outro
em troca. Ter intimidade é algo formidável, fascinante. Saber além
do que olhos veem, compreender e responder sem precisar fazer drama
ou simplesmente para agradar, é falar o que se pensa e ser
respeitado por isso, conversar sobre assuntos complexos e muitas
vezes concordar com as conclusões alcançadas.
Depois de um tempo
descobrimos que conhecer o outro pode te poupar muitas decepções e
descobrimos que, a única pessoa capaz de nos ferir, somos nós
mesmos, pois o que as outras pessoas nos fazem é perdoável, já o
que fazemos a nós, torna-se opcional.
Por sentir demais,
aceitamos situações que não nos convém. Fazemos mais do que
deveríamos, oferecemos o melhor que existe em nós.
De certa forma, somos
patéticos. Muito embora, a racionalidade nos faça acreditar que
devemos abrir mão de tudo e todos, sabemos que as escolhas depois de
feitas tornam-se muitas vezes irreversíveis.
Tememos perder o que
nunca nos pertenceu, por acreditar que nosso sentimento pela outra
pessoa seja capaz de mudar a realidade dos dois. Despertando no outro
o mesmo que existe dentro de nós.
A verdade é que
precisamos deixar de esperar, o tempo passa e chega um momento onde
tomar uma decisão é nossa única saída. Façamos por nós, pelo
que sentimos, pelo que somos e melhor ainda, por tudo aquilo que
ainda podemos ser.
É chegada hora de
escolher entre ficar ou partir.
( Luana Ferreira )
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